terça-feira, 20 de abril de 2010

Quase feliz, tão longe e tão perto, em cada viagem à beira-mar, lugar ideal e aparente limite da terra, caminho devagar e tranquilamente por esta areia fina e leve, exponho-me e mergulho os pés na calma margem inundada de espuma pura trazida de outro tempo mágico, e fortemente iluminada pela luz de mil sois que tentam a todo custo que eu me torne uma pessoa sem receios. Vislumbro e tento desenhar o meu mundo numa folha pálida e fina. Imagino interrogada no que me faz bem, isso será o inicio da minha ilustração frágil e sem sentido algum, penso horas sem fim e sem chegar a nenhuma conclusão que me encante por tão forte ser o sentimento do momento que deveria de me recordar, obtive a ideia de lançar aquela pagina assim mesmo, pálida e fina, enroscada numa garrafa vazia que teria encontrado ali ao pé. Levanteime, percorri mais um estremo pedaço de areia e atirei, com toda a força que consegui, e pedi, com todo o sentimento que quando voltasse ali, aquele lugar maravilhoso e deslumbrante, que existisse alguma coisa que me fascinasse tanto, que eu teria muito prazer em desenhar aquele acontecer, solene ou mediático, mas que tivesse uma tamanha dimensão presente do que me faz bem.

1 comentário:

  1. Está... waw XO
    Sem exageros, foi o texto mais bonito que li desde que ando nisto dos blogues. É PERFEITO :O

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